Ceia de Natal do brasileiro está mais cara, aponta FecomercioSP

Brasileiro terá de pesar bem opções de carnes e acompanhamentos.
Já os preços dos presentes subiram menos que a inflação.



Do G1, em São Paulo
Levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) a partir dos dados do IPCA, inflação oficial medida pelo IBGE, mostra que as celebrações de fim de ano pesarão mais no bolso do brasileiro pois muitos produtos consumidos nesta época do ano estão bem mais caros em relação a 2014.

Presentes
O preço do frango subiu 13,18%, e a maçã, 19% no período. Outras frutas como a uva, o morango e a manga sofreram elevação de 11,47%, 18,68% e 21,4%, respectivamente.

Entre os 20 tipos de peixes pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram aumento de preço acima da inflação média, com destaque para a merluza, que registrou a maior alta nos últimos 12 meses, de 39,58%, seguido pela castanha (28,94%). O salmão teve alta de 20,85% nos últimos 12 meses. Por outro lado, apresentaram menor elevação ou queda no período os preços do pintado (1,25%), do dourado (-0,21%) e da tilápia (-1,63%).

A carne de porco e a carne de carneiro aparecem como boas opções, já que apresentaram alta dos preços de 2,37% e 5,04%, respectivamente.

Os preços dos acompanhamentos ou temperos das receitas de Natal também apresentam alta de dois dígitos: cebola (48,01%), batata-inglesa (47,55%), alho (48,61%), azeite de oliva (20,34%), azeitona (12,74%) e pimentão (11,07%).

Em relação às bebidas, refrigerantes e água mineral registram alta de 10,4%; cerveja, de 8,95%; e outras bebidas alcóolicas, de 11,62% - nesse caso, além da alta do dólar, deve pesar o aumento do IPI sobre bebidas quentes, como vinhos e destilados.

O preço do feijão-carioca subiu 37,2%; o da couve, 11,1%; e o do arroz, 9,84%. Quem quiser gastar menos, pode trocar o feijão-carioca pelo feijão-preto, cujo preço subiu apenas 0,64% no período. A farinha de mandioca pode ser uma opção melhor do que a farinha de milho, já que teve alta de 1,95% ante avanço de 14,16% no caso da última.

Já os preços do pão, do leite e dos ovos subiram 11,47%, 3,85% e 10,21%, respectivamente. O sorvete está 14,1% mais caro, enquanto o preço das frutas subiu 10,14%, em média.
Já em relação aos presentes, com a queda das vendas ao longo do ano e os estoques ainda elevados - segundo último dado divulgado pela FecomercioSP, 37,8% das empresas do varejo paulistano estavam com estoques acima do adequado em novembro -, o comércio varejista tem investido em promoções e liquidações para tentar atrair os clientes. Os preços dos aparelhos eletrônicos, por exemplo (afetados também pelo lançamento de novos produtos), subiram, em média, apenas 1,41%, mesmo com a alta do dólar. Os televisores tiveram alta de apenas 1,45%, e os microcomputadores, de somente 0,24%.

O preço das roupas, por sua vez, subiu em média 4,3%, bem menos do que a inflação, de 10,48% em novembro, enquanto calçados e acessórios registraram alta de apenas 2,67%. O preço das bolsas subiu 3,16%; o das bijuterias, apenas 4,75%; e o dos tênis, 2,8%.

O preço dos perfumes subiu 6,39%, também menos do que a inflação do período. Assim como os brinquedos, que registraram alta de 8,94% dos preços (levando em consideração os dados de outubro, mês de aumento das vendas no setor). Já as bicicletas estão 10,41% mais caras do que no mesmo período do ano passado.

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