Governo encaminhou Medida Provisória ao Congresso Nacional nesta segunda-feira



Segundo o governo, isso permite que as empresas mantenham os trabalhadores qualificados e reduzam custos com demissão, contratação e treinamento, além de terem o gasto com salários reduzido em 30%. O Governo Federal mantém parte da arrecadação com as contribuições sociais incidentes sobre os salários.
A contribuição do empregado e do empregador para o INSS e FGTS incidirá sobre o salário complementado, ou seja, sobre 85% do salário original. Portanto, a contribuição patronal para o INSS e para o FGTS incidirá também sobre o salário complementado, ou seja, sobre 85% do salário original. Mesmo assim, o custo de salários e encargos para o empregador seria reduzido em 27%.
Os setores que poderão aderir ao PPE serão definidos pelo Comitê do Programa de Proteção ao Emprego (CPPE), formado por representantes dos ministérios do Planejamento; Fazenda; Trabalho e Emprego; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Secretaria-Geral da Presidência da República. "Durante o tempo de vigência do programa, não poderá haver demissões [nas empresas que aderirem]", disse Rossetto.
As empresas e os trabalhadores deverão fixar a decisão em aderir ao PPE por meio de Acordo Coletivo específico, no qual a empresa deverá comprovar sua situação de dificuldade econômico-financeira. O período de validade para a utilização do programa é de seis meses, podendo ser prorrogável, com limite máximo de 12 meses.
Segundo a MP, as empresas que aderirem ao PPE não poderão dispensar os empregados que tiveram sua jornada de trabalho reduzida temporariamente enquanto vigorar a adesão. No final do período, o vínculo trabalhista será obrigatório por prazo equivalente a um terço do período de adesão.
O PPE visa preservar os empregos formais em momento de retração da atividade econômica, auxiliar na recuperação da saúde econômico-financeira das empresas, indispensáveis para a retomada do crescimento econômico. Além disso, estimula a produtividade do trabalho por meio do aumento da duração do vínculo trabalhista e fomenta a negociação coletiva, aperfeiçoando as relações de trabalho.
O programa deve ter um custo de R$ 100 milhões neste ano, preservando o emprego de 50 mil trabalhadores com salário médio de R$ 2.200.
"Queremos estimular a manutenção de emprego. Vamos, no prazo de 15 dias, definir os indicadores e estamos preparados para atender a um volume importante de empresas. Nossa expectativa é operar esse programa rapidamente", diz Rossetto.
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